Sushi é saudável? O que deve saber antes de pedir o seu combinado
Sushi é muitas vezes visto como “comida leve e saudável”. Em muitos casos, é verdade. Mas também pode ser uma refeição muito calórica, rica em sal e molhos, dependendo do que escolhe.
A ideia deste artigo é simples: explicar, sem rodeios, quando é que o sushi é uma boa opção para a sua saúde e o que deve ter em atenção na hora de escolher o seu combinado.
1. Do que é feito o sushi (e porque pode ser uma boa escolha)
Um prato de sushi típico junta:
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Peixe (salmão, atum, peixe branco, etc.)
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Arroz de sushi (arroz temperado com vinagre, açúcar e sal)
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Alga nori
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Vegetais (pepino, abacate, cenoura, etc.)
Em termos gerais, isto significa:
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Boa fonte de proteína (peixe)
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Gorduras saudáveis, principalmente ómega-3, em peixes gordos como o salmão
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Algas com minerais como iodo, ferro e cálcio
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Vegetais que acrescentam fibra
Quando a escolha é bem feita (mais peixe, mais vegetais, menos fritos e molhos), o sushi pode ser uma alternativa equilibrada a muitas refeições de fast-food.
2. Onde o sushi “perde” em termos de saúde
Há três pontos principais onde o sushi deixa de ser tão saudável: sal, fritos e molhos.
2.1. Molho de soja: muito sal em pouco líquido
O molho de soja é dos principais “vilões”:
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Tem muito sódio (sal) mesmo em pequenas quantidades
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O consumo excessivo de sal está ligado a tensão alta e problemas cardiovasculares
Se mergulha cada peça em molho de soja, está a aumentar bastante o sal da refeição.
O que pode fazer:
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Molhar apenas a extremidade do peixe, em vez de afundar toda a peça
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Se existir opção, escolher molho de soja com menos sal
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Evitar misturar ainda mais sal (por exemplo, com outros molhos muito salgados)
2.2. Peixes grandes e mercúrio
Alguns peixes grandes (como certos tipos de atum) podem ter níveis mais altos de mercúrio, sobretudo se consumidos com muita frequência.
Para a maioria das pessoas, comer sushi ocasionalmente não é problema. Mas:
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Grávidas, crianças pequenas e pessoas com problemas específicos de saúde devem seguir as recomendações do seu médico e limitar o consumo de algumas espécies.
2.3. Fritos, maioneses e “especiais”: mais caloria do que parece
A imagem de “comida leve” cai por terra quando o combinado é composto quase todo por:
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Tempuras (rolos fritos, camarão panado, etc.)
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Molhos à base de maionese, cream cheese ou molhos doces
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“Especiais” com queijo creme, elementos crocantes, molhos gordos por cima
Tudo isto aumenta bastante:
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Calorias
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Gordura
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Sal e açúcar
Não é que não possa comer – mas convém saber que um combinado cheio de especiais e fritos pode ser tão calórico como um fast-food “clássico”.
3. Como tornar o seu combinado mais saudável (na prática)
Em vez de pensar “sushi é saudável” ou “sushi não é saudável”, é mais útil pensar como montar um conjunto equilibrado.
Sugestões práticas:
3.1. Dê mais espaço ao peixe e aos vegetais
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Aposte em sashimi (só peixe, sem arroz)
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Inclua nigiris (peixe por cima de uma pequena porção de arroz)
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Peça peças com pepino, rabanete, cenoura, abacate, etc.
Isto aumenta a proporção de proteína e vegetais em relação ao arroz.
3.2. Limite as peças fritas e “especiais”
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Pode incluir 1 ou 2 tipos de rolos especiais, mas não precisa que o combinado seja só isso
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Tente equilibrar:
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1 parte de especiais/tempura
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1 parte de peças simples (maki, nigiri)
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1 parte de sashimi ou opções mais limpas
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Assim, aproveita os sabores “gulosos” sem transformar a refeição toda num “cheat meal”.
3.3. Pense na refeição como um todo
Para equilibrar:
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Comece com sopa miso ou uma entrada leve
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Evite repetir muitos combinados de seguida se não tiver fome para tudo
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Beba água ou chá, em vez de somar muitas bebidas açucaradas ou alcoólicas
Um combinado mais saudável tende a ter:
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Mais peixe fresco, vegetais e algas
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Menos fritos, maioneses e molhos doces
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Uso moderado de molho de soja
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Quantidade de arroz ajustada ao seu apetite e às suas necessidades
Se gosta de sushi e quer manter uma alimentação equilibrada, não precisa de o eliminar – basta saber o que está a pedir e ajustar os seus hábitos.
Quando vier ao Wine & Sushi, pense no combinado como uma oportunidade de juntar prazer e bom senso: escolher bem os peixes, variar nos vegetais, controlar os molhos e aproveitar a refeição sem culpa, mas com consciência.